5/09/2013

83.ª Feira do Livro de Lisboa


Na sequência do post anterior, e tendo tido já conhecimento das características e alterações da próxima Feira do Livro de Lisboa, venho complementar com as perspetivas atuais para a 83.ª Feira do Livro.

De entre as alterações apresentadas refiro o fim da programação «oficial» da APEL. Se, por um lado, se lamenta a perda de uma programação isenta, que aborde os eventos por si e não numa perspetiva comercial de venda de determinado produto, por outro lado a Feira ganhou um novo parceiro que vem, este ano e em certa medida – bastante restrita no tempo −, complementar essa parte da programação. Trata-se do British Council que propôs à APEL ser palco de uma extensão da Conferência Mundial de Escritores de Edimburgo, organizada pelo Festival Internacional do Livro de Edimburgo, a realizar-se em Lisboa no dia 25 de Maio, na Feira do Livro. Em simultâneo o British Council promove uma outra ação a realizar-se em diversos locais da cidade de Lisboa na noite de 24 de Maio, denominada Noite da Literatura Europeia − organizada pela EUNIC, que é a Associação da União Europeia dos Institutos Nacionais de Cultura, na qual figura o Instituto Camões −, com a leitura e a apresentação de escritores europeus em diversos pontos emblemáticos da cidade, como a Mãe d’Agua ou o Convento do Carmo, e que de alguma forma integra a programação da Feira do Livro de Lisboa.

Relativamente à programação, serão mais de 600 as atividades programadas, às quais se devem associar mais de 100 outras ações organizadas pelas Bibliotecas Municipais de Lisboa e outros serviços educativos de equipamentos camarários. Uma média de 40 eventos por dia, a concentrarem-se em particular nos fins-de-semana e feriado (10 de Junho).

De entre as boas notícias refiro também o aumento substancial da praça infantil, que terá uma importância acrescida, tanto que as várias editoras infantis irão deslocar as suas atividades para dentro deste espaço. Várias, mas não todas, de entre os grupos editoriais ou editoras de média ou grande dimensão nem uma aceitou «perder» este público, restando um aplauso às várias pequenas editoras que parecem ser as únicas a entender o verdadeiro espírito de abertura da Feira.

Também se destaca o surgimento de duas áreas novas de lounge, onde se pode simplesmente descansar ou ler, uma boa notícia para quem quer fugir do bulício e repousar, e onde se espera que não haja qualquer tipo de atividade promocional ou evento para além de servirem bebidas, gelados e afins.

Em maré de poupança também surgiu a boa ideia de recorrer ao voluntariado. Para tal abriram inscrições aqui (voluntariado@feiradolivrodelisboa.pt), sendo esta uma ótima oportunidade para quem não estando a trabalhar, possa ganhar experiência e interagir num ambiente culturalmente relevante como o da Feira do Livro.

Agora só resta esperar pelo dia 23 de Maio para podermos regressar ao Parque Eduardo VII, agora novamente com o horário alargado e complexo de há 3 anos atrás.

Nuno Seabra Lopes

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